quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Unidade Temátca: Sociedade do conhecimento, novas tecnologias e os espaços de formação

Perguntas referentes ao texto:
DEMO, Pedro. Ambivalências da sociedade da informação. Ci. Inf. [online]. maio/ago. 2000, vol.29, no.2


1 - Qual a relação entre sociedade de conhecimento e a lógica da mercadoria?
2 – Destaquem as conseqüências efetivas das pretensões universalizantes do conhecimento.
3 – Como a questão da idade penal pode ser compreendida a partir da idéia de informar para desinformar?


Respostas:

1 - Em primeiro lugar o conceito de sociedade de conhecimento esta ligado ao campo da informática, ao mundo virtual, em geral o desenvolvimento do conhecimento deu a essa nova sociedade um caráter autônomo, ou seja, reponde por suas próprias ações. O processo da disseminação do conhecimento tornou a sociedade participante desse processo mais dinâmica e essa característica é potencializada pela maneira com que o conhecimento adquirido foi explorado pela economia neoliberal, o que de verifica é troca do trabalho manual em prol da valorização da inteligência, entretanto apesar dessa mudança a situação de exploração desse novo “recurso” de mão de obra ainda é alto, o que se vê é o aumento das horas trabalhadas e em certos casos diminuição dos salários, nesse caso a sociedade de conhecimento mostra-se mais preparada e até mesmo mais qualificada, a questão é que esses novos atributos não representam melhores condições trabalhistas para essas pessoas.



2 – Os interesses “universalizantes” do conhecimento estão entrelaçados com as mudanças naquilo que se tinha como “universidades”, ou seja, o principal intuito dos centros universitários passou a ser: atender os interesses capitalistas, a competitividade acima de tudo, em geral pode-se dizer que o ideal da educação universitária visto como interesse coletivo da sociedade foi deixado de lado, o aspecto econômico tornou-se prioritário. Nesse caso a globalização tornou-se fator de exclusão, o que se vê é o poder na mão de poucos, além de repressão daqueles que detém o domínio dos meios de comunicação e conhecimento, ou seja, criou-se uma elitização globalizada, em que os menos desenvolvidos são deixados a margem dos processos mundiais.

3 – As questões referentes à discussão da idade penal são esporádicos e pontuais. Em geral, esse tema é abordado por políticos e mídia quando um crime envolvendo um menos de idade ocorre sem duvida à discussão sobre o tema nessas ocasiões não é ruim, entretanto a maneira com que se dá o discurso social sobre o tema é preocupante.
A diminuição ou não da idade penal envolve diversos interesses e indagações como educação, violência, corrupção, sistema penitenciário, então o que se vê é a mudança de foco, ou seja, na grande maioria das vezes informações sobre menores de idade matando ou arquitetando crimes maquiavélicos são vendidas sem escrúpulos.
Logo se informa para desinformar, a mídia coloca os holofotes nos jovens assassinos e perversos em detrimento aos motivos que esses jovens são inseridos no mundo da violência, o interesse nesse caso é esconder, mentir e fantasiar, quando o mais correto era alertar, com a verdade, a sociedade.

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